Independência - ser ou não ser?
Existem dias que não dão certo e horas em que o raciocínio desaparece. Nesses momentos, você rapidamente lembra daquele seu amigo, tão sábio, tão santo, senta no sofá, pega o telefone, liga e despeja tudo e é ótimo. E há dias ainda mais errados, em que o desequilíbrio é ainda maior, e então será preciso respirar fundo, colocar o telefone de volta no gancho, se afastar bem devagarzinho, e deixar seu santo e sábio amigo em paz. Eu tento fazer o seguinte: Quando o céu desabada sobre a minha cabeça, antes de torrar a paciência de todo mundo e buscar soluções ― e pílulas — mágicas para resolver minhas baixarias, eu paro. Daí vale tudo; andar pela casa, tomar um copo de vinho, meditar, rabiscar, e quem sabe, até escrever ― e se a coisa estiver mesmo complicada, meditar for piada, e escrever impossível, nada como o poder de uma água na cara e 5 minutos trancafiado no banheiro. Uma das maiores frias é a perda da autonomia e por isso é bom ficar atento: Começa com um problemão e quando você vê...